REDE ALERTA CRISTÃO: 2011-05-08

TV UNÇÃO E VIDA - PARCEIRA REDE ALERTA CRISTÃO

PL122


Bancada evangélica barra votação da PL 122

A Frente Parlamentar Evangélica no Senado Federal pediu o adiamento da votação alegando que devem ser realizadas audiências públicas.

A votação do projeto que define como crime a discriminação por gênero e orientação sexual, assim como idosos e pessoas com deficiência, sairá temporariamente da pauta da Comissão de Direitos Humanos e Legislação Participativa (CDH).

O pedido foi feito pela relatora da matéria, senadora Marta Suplicy (PT-SP), na reunião desta quinta-feira (12). A ideia é ganhar tempo para um acordo com os que se opõem à proposta, especialmente igrejas evangélicas e seus representantes no Congresso.

- Assim nós teremos como proporcionar maior possibilidade de diálogo e entendimento - disse.

Ao justificar a retirada da matéria, Marta afirmou que, no começo, assustou-se com a rejeição por parte de igrejas cristãs com relação ao projeto, mas que, ao entender o temor de que ele poderia restringir as liberdades de culto e de expressão, decidiu resguardá-las em seu substitutivo. Como ainda persistem resistências ao projeto, ela se disse disposta a ouvir e prosseguir o debate.

Marta afirmou que já havia feito todo esforço para chegar a um texto de consenso, ouvindo para isso senadores ligados a igrejas evangélicas. O resultado disso, segundo ela, foram mudanças para deixar claro o respeito à liberdade religiosa na abordagem do homossexualismo. O texto final exclui do alcance das punições "os casos de manifestação pacífica de pensamento fundada na liberdade de consciência e de crença".

Ao salientar a necessidade de acabar com os preconceitos, o senador Cristovam Buarque (PDT-DF) afirmou ser preciso aprovar um projeto de consenso que estabeleça a punição para ações contra homossexuais, mas que garanta a liberdade de manifestação de pensamento fundada na liberdade de crença.

- Talvez seja a hora de esgotamos todos os diálogos necessários e possíveis e que deixe claro que o Estado regulamenta a criminalização de preconceito, mas que o Estado não se meta na "pecamização" de qualquer coisa. É preciso esgotar as conversas para que o texto final não crie outro preconceito, o preconceito contra as igrejas, contra as crenças - disse.
Audiências públicas
Alguns representantes da Frente Parlamentar Evangélica presentes à sessão alegaram que é necessário realizar audiências públicas, porque o projeto não teria sido suficientemente discutido no Congresso.

Magno Malta (PR-ES) elogiou a decisão de adiar o debate e foi um dos que defenderam a realização de audiências públicas para ouvir todos os segmentos da sociedade que querem se manifestar sobre o assunto, como a Ordem dos Advogados do Brasil (OAB), os religiosos (católicos e evangélicos), e homossexuais. Ele informou que apresentaria requerimento com esse propósito. "Precisamos debater à exaustão, sem privilegiar ninguém. Há pelo menos 150 milhões de brasileiros que não foram ouvidos”, disse o senador Magno Malta (PR-ES).

O texto do PL 122 é de autoria da ex-deputada Iara Bernardi (PT-SP) e tramita há dez anos no Congresso, mas somente em 2006 foi aprovado no plenário da Câmara. A intenção da senadora Marta Suplicy (PT-SP) que o desarquivou e virou sua relatora, era aprovar a PL até a próxima semana, quando começa as comemorações do Dia Nacional de COmbate à Homofobia, data comemorada no dia 17 de maio e que vai movimentar a Esplanada em Brasília.

Fonte: Portal de notícias do Senado 


O processo pode durar anos. Quem muda de religião admite que convicção é fundamental para enfrentar os obstáculos.

Maryanna, Tatiana e Rosana são mulheres que passaram por uma transformação significativa: sempre tiveram fé, mas, para chegar a Deus, procuravam respostas mais coerentes. As três cresceram em famílias católicas, foram batizadas como manda a tradição e participaram ativamente da comunidade em que foram inseridas desde crianças. Mais tarde, porém, sentiram-se envoltas em uma nebulosa fase de questionamentos que colocariam em xeque antigos valores: Deus pode ser único, mas as interpretações acerca da criação e da vida são variadas. E se o terno de antes não cabia mais, optaram por uma nova vestimenta. Foi assim que depois de muito estudo optaram pela conversão.

O assunto não é novidade: muito já se discorreu sobre personagens da história que em momentos significativos da vida optaram por uma nova crença. A Conversão de São Paulo, obra mais conhecida do pintor italiano Caravaggio, retrata a cena narrada no Novo Testamento em que Saulo literalmente cai do cavalo e se volta incondicionalmente ao céus, suplicante por resgate: recebe a visita de Jesus e se converte ao Cristianismo, mudando de nome. Em Confissões, Agostinho de Hipona – tido como santo pela Igreja Católica – detalha a jornada espiritual que o faria se distanciar finalmente do ceticismo para abraçar Deus. O Alcorão, livro sagrado do Islã, descreve o momento em que o mercador Muhammad ibn Abdallah (Maomé) sente uma presença divina e passa a recitar palavras divinas. Jacó torna-se Israel no Antigo Testamento após “lutar” com um anjo e ser transformado por uma intervenção direta de Deus.
Processo lento e doloroso
Como nos livros sagrados de diferentes religiões, uma revelação transforma. Contudo, em alguns casos o processo pode ser lento e doloroso, afinal de contas, a mudança requer novos hábitos. “A minha conversão foi um processo bem demorado, há mais de cinco anos vinha lendo pouco a pouco sobre o Islã, mas não com a intenção de me converter e, sim, para conhecimento pessoal”, explica Maryanna Fahmy, que se tornou muçulmana há sete meses.

“A conversão se deu principalmente pela lógica apresentada pelo Islã e a questão da divindade de Jesus foi o ponto principal desta mudança: no catolicismo, por exemplo, Deus e Jesus têm praticamente a mesma importância e ambos recebem adoração, assim como a Virgem Maria e os demais santos”, afirma Maryanna. Depois de muita pesquisa, ela chegou à conclusão de que Cristo jamais teria reivindicado adoração para si, mas para Deus. “Para nós (muçulmanos), Jesus é um profeta, assim como Abraão, Moisés, Mohamed e outros que vieram trazer a mensagem de unicidade de Deus. É justamente isto que o Islã prega: Deus não tem parceiros, não cremos na trindade, e é o único que deve ser adorado”.

Tatiana Corovtchenco, convertida ao judaísmo, passou por um processo semelhante na medida em que buscou a religião não pelo lado meramente emocional. “Comecei a ver que as coisas não batiam”, conta ela, que foi batizada aos sete, fez primeira comunhão aos 12 e, a partir dos 18 anos, lançou-se ao estudo de diferentes religiões depois de ser convidada pelo padre a dar aulas de catequese. “Não encontrava respostas dentro do catolicismo para as perguntas que eu tinha, então comecei a estudar o Antigo Testamento, outras linhas do Cristianismo, e a parte judaica foi a que mais me interessou”. Para ela, o fato de Jesus ser tido como um Deus está totalmente fora dos mandamentos porque se louva um intermediário. Além disso, diz ela, o judaísmo tem respostas para tudo, os profetas são seres humanos, com virtudes e defeitos.

Na contramão, Rosana Vaughan resolveu se converter justamente para seguir à risca a palavra de Jesus, a testemunha de Jeová (Deus). “Eu era muito atuante na comunidade católica, participava do grupo de jovens, meus pais participavam dos encontros de casais, mas quando tinha 14 anos ganhei o Novo Testamento e comecei a ler sozinha, achei muito interessante”, conta ela, que hoje é casada com Mike, considerado um dos anciãos da comunidade dos Testemunhas de Jeová. “Surgiam questionamentos, eu me interessava pela questão da vida eterna, mas a Igreja Católica não incentivava, na época, o estudo da Bíblia”. Entretanto, sua vida social e todos os seus amigos ainda eram da comunidade católica. “Mas chega uma hora que precisamos sair da zona de conforto”, ressalta. Continuou indo à igreja católica, mas passou a não fazer mais o sinal da cruz ou orar por Maria. Finalmente, após cerca de cinco anos com um pé em uma religião e o coração e a mente em outra, Rosana deixou o catolicismo para trás.
Oficialmente convertidas
Quando se fala de Brasil, país dos contrastes, nada mais natural do que encontrar uma pessoa que tenha abandonado a religião católica ou absorvido ao longo dos tempos valores de outras religiões e culturas – o chamado sincretismo religioso. Mas os casos de Rosana, Tatiana e Maryanna foram diferentes: elas realmente aceitaram a nova religião como a única, mudando de vez a forma de enxergar o mundo. “No começo, quando passei a frequentar as reuniões, não queria muito contato, mas tinha gostado da parte 'racional'”, conta Rosana. “Mas você só é considerado Testemunha de Jeová quando sai na pregação – ou seja, quando passa a palavra”. Para isso, ela conversou com os membros mais velhos da comunidade para dizer que estava de acordo com os princípios cristãos. Depois, começou a pregar e, enfim, resolveu se batizar de acordo com o modelo apostólico após recapitular ao lado dos anciãos a parte bíblica, moral e cotidiana que exigia a religião.

Da mesma forma, a conversão ao judaísmo requer conhecimento. “Qualquer pessoa que tenha uma motivação sincera pode se converter, mas o rabino deve ser convencido disso”, explica o rabino da Congregação Israelita Paulista Michael Schlesinger. “Primeiro eu bato um papo, vejo qual era a religião anterior, o vínculo com o judaísmo, o motivo de querer se converter, o quanto sabe a respeito; dou tarefas, como ler livros, fazer serviços religiosos”. Se depois desta etapa o rabino estiver convencido de que a pessoa realmente está pronta para a conversão, o interessado precisa participar de um curso de pelo menos um ano para aprender hebraico, o sentido das festas, a história do povo judeu, envolver-se profundamente na comunidade, incorporando na vida privada as práticas religiosas. Ao final do processo, provas, trabalhos e a avaliação de um tribunal rabínico – o Beit Din – irão determinar se o indivíduo está pronto para a conversão. Homens, nesta altura, já devem estar circuncidados. Uma vez aprovada a conversão, a pessoa entra na mikvé, a piscina de água da chuva que fica no solo da comunidade – para o processo de renascimento.

A conversão para o Islã é bem mais simples: “Uma pessoa se torna muçulmana dizendo 'testemunho que não há divindade além de Deus e Mohamad é o mensageiro de Deus'”, explica o sheikh Khaled Taky El Din, diretor de Assuntos Islâmicos da Federação das Associações Muçulmanas do Brasil, que pondera que a pessoa deve testemunhar com o coração e praticar o que se testemunha: a submissão divina, desejar ao semelhante o que desejar a si mesmo, trabalhar em prol da humanidade e querer, acima de tudo, a paz. “Qualquer pessoa que goze de boa saúde mental, que estiver entrando na puberdade, pode se converter”, explica ele. “Deus isenta a pessoa que não estiver sã, mentalmente, de converter-se”.
Mudanças no dia-a-dia
“O que mais mudou foi minha vestimenta: há algum tempo atrás eu vestiria uma miniblusa, certo decote, mas hoje tenho plena consciência de que toda pessoa disposta a praticar uma religião tem uma conduta a seguir e para nós, mulheres muçulmanas, a melhor conduta é a de Maria, mãe de Jesus, que nosso livro sagrado, Alcorão, é enaltecida como a melhor mulher da humanidade. O outras também foram muito enaltecidas, porém somente Maria tem um capítulo com o seu nome (Surata de Maria)”, comenta Maryanna. Embora tenha decidido usar o véu para ir à mesquita após a conversão, e depois no trabalho (ela é encarregada de reservas em um hotel e é formada em Turismo), suas amizades continuaram as mesmas. “Tenho grandes amigas católicas, afinal, amizades verdadeiras sempre se mantêm”. Mas hoje em dia ela prefere não ouvir música ou assistir a filmes contrários aos seus valores religiosos, como os que exploram principalmente a sexualidade da mulher.

A conversão ao judaísmo também requer mudanças drásticas no comportamento. “A comida, por exemplo, é uma coisa que pode distanciar você dos antigos amigos, porque é uma mudança radical: temos que abrir mão de certas carnes, há muitos detalhes, e muitas vezes as pessoas não pensam nisso”, diz Tatiana. “Não rezamos para quem morre, mas para quem fica, então se a minha mãe morrer na sexta, devo estar ciente de que não poderei ir ao cemitério no sábado (Shabat)”. Rosana, por sua vez, explica que a família tenta se adaptar principalmente no que concerne às datas celebradas na escola de seus dois filhos: “A única data que realmente importa para nós é a morte de Jesus”. Ou seja: na casa de Testemunhas de Jeová, a mensagem do Papai Noel chega de uma forma diferente.
Uma pedra no caminho
A pessoa que se converte deve estar preparada para pelo menos dois pontos importantes: a recepção da nova comunidade e a percepção que a sociedade (incluindo família e antigos amigos) terá dela. Tatiana afirma que foi muito difícil se aproximar da comunidade judaica. “Era porta na cara, mesmo. Principalmente da linha mais ortodoxa, mas aos poucos fui conhecendo o lado mais acolhedor, freqüentando mais”. Ficou como “candidata” por cerca de três anos até fazer o curso. “Há uma expectativa maior de quem se converte, porque quando você se converte, é você que decidiu isso, você não nasceu judia, e a comunidade não incentiva a conversão, não está em busca de adeptos”, explica ela, que assume as dificuldades encontradas em sua própria casa. “Isso abalou muito os meus pais, porque eu estava negando algo que eles tinham me dado como cristãos, com tanto amor e carinho”. Após diversas “provações”, a consultora executiva que trabalha ao lado do marido (atualmente em processo de conversão) já é aceita pelos pais, além de estar muito bem integrada à comunidade. “Uma vez que aceitam você, eles são maravilhosos”.

“A parte mais difícil da conversão foi a preocupação em relação aos meus pais, principalmente minha mãe, que é católica”, admite Maryanna. “Mas, graças a deus, hoje ela já se acostumou um pouco mais; não sou a primeira nem serei a última brasileira a se tornar muçulmana”. Ela afirma que foi muito bem recebida na comunidade e que a maior barreira, no momento, é lidar com o preconceito da sociedade, em geral, e da mídia, em particular. “Associar atrocidades ao Islã se chama ignorância e discriminação, pois qualquer um que se der ao trabalho de estudar pelo menos o básico da religião saberá que atos como matar pessoas inocentes são totalmente contrários ao que dita o Alcorão”, ressalta ela. “Não se vê notícias como 'terrorista católico trocou tiros com a polícia no Rio de Janeiro e matou uma família inteira'... Jamais citam a suposta religião do bandido ou mesmo se não tem religião! Mas quando se trata de um muçulmano, a manchete acaba dizendo que a religião induz a este tipo de atrocidade”. Paradoxalmente, aponta a simpatia e a curiosidade do povo nas ruas como características positivas do brasileiro em relação à diversidade cultural.

Fonte: iG

CNBB diz em nota que não reconhece decisão do STF sobre união homoafetiva


Mesmo entendendo que os homossexuais não devem sofrer discriminação, bispos não reconhecem união entre pessoas do mesmo sexo como equivale à família.

A Conferência Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB) questiona a competência do Supremo Tribunal Federal (STF) para decidir quanto à união entre pessoas do mesmo sexo, por entender que a atribuição de propor e votar leis é do Congresso Nacional, cabendo ao governo o dever de garanti-las.

"Nos preocupa ver os poderes constituídos ultrapassarem limites de sua competência, como ocorreu com a recente decisão do Supremo Tribunal Federal", afirma uma nota aprovada ontem pela 49.ª Assembleia-Geral do episcopado, reunida em Aparecida. "Não é a primeira vez que acontecem no Brasil conflitos dessa natureza, que comprometem a ética na política", acrescenta o texto.

Depois da ressalva de que "as pessoas que sentem atração sexual exclusiva ou predominante pelo mesmo sexo são merecedoras de respeito e consideração", os bispos advertem que as uniões estáveis entre homossexuais "não podem ser equiparadas à família, que se fundamenta no consentimento matrimonial, na complementaridade e na reciprocidade entre um homem e uma mulher, abertos à procriação e educação dos filhos".

Um dos redatores da nota, d. Antônio Augusto Dias Duarte, bispo auxiliar do Rio de Janeiro e médico, explicou em entrevista coletiva que, ao se pronunciarem sobre a decisão do Supremo, os bispos cumprem o dever dos pastores de orientar os féis, segundo a doutrina da Igreja.

"Da mesma maneira que respeitamos aqueles que defendem a união homoafetiva, repudiando todo tipo de discriminação e violência contra eles, esperamos que respeitem a nossa posição", disse o bispo.

De acordo com ele, a Igreja Católica não faria o casamento religioso para selar a união de homossexuais se eles pretendessem isso, mesmo que recorressem à Justiça para garantir um suposto direito.

O arcebispo do Rio, d. Orani João Tempesta, interveio para lembrar que a Igreja não faz também o casamento de pessoas já casadas e divorciadas que pretendam sacramentar uma segunda união.

Os dois representantes da CNBB acreditam que homens e mulheres que optaram pela união estável com parceiros do mesmo sexo não devem insistir em reivindicar o sacramento do matrimônio.
Decisão do STF
De acordo com o STF, os casais homossexuais têm os mesmos direitos e deveres que a legislação brasileira estabelece para os casais heterossexuais. A decisão, que foi aprovada unanimemente na última quinta-feira, 5, abre caminho para que o casamento civil entre pessoas do mesmo sexo seja permitido e as uniões homoafetivas passem a ser tratadas como um novo tipo de família.

O julgamento do STF torna praticamente automáticos os direitos que hoje são obtidos com dificuldades na Justiça e põe fim à discriminação legal dos homossexuais. Considerada histórica, a decisão do STF é contestada tanto pela Igreja Católica quanto por juristas.
Leia nota da CNBB na íntegra:Nós, Bispos do Brasil em Assembleia Geral, nos dias 4 a 13 de maio, reunidos na casa da nossa Mãe, Nossa Senhora Aparecida, dirigimo-nos a todos os fiéis e pessoas de boa vontade para reafirmar o princípio da instituição familiar e esclarecer a respeito da união estável entre pessoas do mesmo sexo. Saudamos todas as famílias do nosso País e as encorajamos a viver fiel e alegremente a sua missão. Tão grande é a importância da família, que toda a sociedade tem nela a sua base vital. Por isso é possível fazer do mundo uma grande família.

A diferença sexual é originária e não mero produto de uma opção cultural. O matrimônio natural entre o homem e a mulher bem como a família monogâmica constituem um princípio fundamental do Direito Natural. As Sagradas Escrituras, por sua vez, revelam que Deus criou o homem e a mulher à sua imagem e semelhança e os destinou a ser uma só carne (cf. Gn 1,27; 2,24). Assim, a família é o âmbito adequado para a plena realização humana, o desenvolvimento das diversas gerações e constitui o maior bem das pessoas.

As pessoas que sentem atração sexual exclusiva ou predominante pelo mesmo sexo são merecedoras de respeito e consideração. Repudiamos todo tipo de discriminação e violência que fere sua dignidade de pessoa humana (cf. Catecismo da Igreja Católica, nn. 2357-2358).

As uniões estáveis entre pessoas do mesmo sexo recebem agora em nosso País reconhecimento do Estado. Tais uniões não podem ser equiparadas à família, que se fundamenta no consentimento matrimonial, na complementaridade e na reciprocidade entre um homem e uma mulher, abertos à procriação e educação dos filhos. Equiparar as uniões entre pessoas do mesmo sexo à família descaracteriza a sua identidade e ameaça a estabilidade da mesma. É um fato real que a família é um recurso humano e social incomparável, além de ser também uma grande benfeitora da humanidade. Ela favorece a integração de todas as gerações, dá amparo aos doentes e idosos, socorre os desempregados e pessoas portadoras de deficiência. Portanto têm o direito de ser valorizada e protegida pelo Estado.

É atribuição do Congresso Nacional propor e votar leis, cabendo ao governo garanti-las. Preocupa-nos ver os poderes constituídos ultrapassarem os limites de sua competência, como aconteceu com a recente decisão do Supremo Tribunal Federal. Não é a primeira vez que no Brasil acontecem conflitos dessa natureza que comprometem a ética na política.

A instituição familiar corresponde ao desígnio de Deus e é tão fundamental para a pessoa que o Senhor elevou o Matrimônio à dignidade de Sacramento. Assim, motivados pelo Documento de Aparecida, propomo-nos a renovar o nosso empenho por uma Pastoral Familiar intensa e vigorosa.

Jesus Cristo Ressuscitado, fonte de Vida e Senhor da história, que nasceu, cresceu e viveu na Sagrada Família de Nazaré, pela intercessão da Virgem Maria e de São José, seu esposo, ilumine o povo brasileiro e seus governantes no compromisso pela promoção e defesa da família.

Aparecida (SP), 11 de maio de 2011

Dom Geraldo Lyrio Rocha
Presidente da CNBB
Arcebispo de Mariana - MG
Dom Luiz Soares Vieira
Vice Presidente da CNBB
Arcebispo de Manaus - AM
Dom Dimas Lara Barbosa
Secretário Geral da CNBB
Arcebispo nomeado para Campo Grande - MS


Fonte: Estadão

Bancada evangélica quer lei para impedir casamento gay em igreja


Proposta visa a evitar ''constrangimentos para a religião'' à luz da decisão do Supremo Tribunal Federal sobre união homoafetiva.

Após o STF reconhecer a união estável entre pessoas do mesmo sexo, a bancada evangélica quer incluir na legislação um dispositivo para impedir que igrejas sejam obrigadas a celebrar cerimônias de casamento entre homossexuais. Para integrantes do movimento LGBT, a medida visa a tirar o foco da discussão sobre os direitos civis dos homossexuais.

O presidente da Frente Parlamentar Evangélica, deputado João Campos (PSDB-GO), diz que a proposta visa a evitar constrangimentos para a religião. Ele afirma que a intenção é evitar a existência de decisão judicial que obrigue a realização de cerimônia. "Seria bom tornar isso explícito para evitar que algum juiz preconceituoso, atendendo a alguma demanda específica, possa dar uma sentença impondo uma ação dessa a alguma igreja."

Campos afirmou que em Goiânia houve uma decisão liminar obrigando uma igreja evangélica a realizar casamento de pessoas que não seguiam a igreja e isso poderia acontecer também no caso de homossexuais. A frente presidida por Campos conta com 76 deputados e 3 senadores.

"Desespero." O deputado Jean Wyllys (PSOL-RJ), homossexual, diz que a proposta quer desviar o foco da discussão sobre os direitos civis. "Isso é desespero para jogar a opinião pública contra o direito civil. O direito é público, a fé é privada. Nenhum homossexual quer casar em igreja", reiterou.

Wyllyse defende a aprovação de uma proposta de emenda constitucional para garantir o direito dos homossexuais ao casamento civil. Com isso, ressalta o parlamentar, as pessoas não precisariam mais recorrer à Justiça para ter direitos como de pensão, hereditariedade, tributários, entre outros.

A bancada evangélica quer esperar o detalhe da decisão do STF para saber a sua abrangência. Evangélico, o deputado Eduardo Cunha (PMDB-RJ) afirma que é preciso ver qual a extensão do reconhecimento feito pelo Supremo para daí entender quais direitos foram estendidos.

Uma das dúvidas é se a adoção de crianças está ou não no âmbito da decisão. "Ainda tem muito oba-oba. Temos de conhecer o detalhe da decisão, é isso que vai nortear a ação do Congresso. Houve a decisão política do Supremo, mas precisa ver a natureza jurídica disso. O julgamento sequer acabou."

Fonte: Estadão

IDOLATRIA É PECADO !

Contra ti, porém, o Senhor deu ordem, que mais niguem do teu nome seja semeado; da casa do teu Deus exterminarei as imagens de escultura e de fundição; ali farei o teu sepulcro, porque és vil. (Naum 1.14)

Deus aqui fala de uma forma clara, para que não reste a menor dúvida para ninguém, que Ele, o Senhor, está contra todos os que adoram imagens, e todas as famílias de adoradores de deuses vãos. Ele diz, que está contra a casa, e a chama de vil. Ou seja, o Senhor nos mostra aqui que não irá perdoar os adoradores de imagens; que estes pagarão o seu preço, fala que destruirá as imagens, e os adoradores serão sepultados juntos. Aqui Ele nos mostra que é pecado adorar, pedir proteção, cuidar, amar qualquer que seja a imagem, se de anjos, de deuses, santos ou santas, protetores ou quem quer que seja; e isto não importa o material de que é feito, se de barro, louça, ferro, bronze, madeira, prata, ouro, ou pedras preciosas; nada valem a não ser para conduzir para dores, misérias, brigas, sofrimentos, esterilidade, mortes, tanto física, quanto espirituais.

“Não terás outros deuses diante de mim. Não farás para ti imagem de escultura, nem semelhança alguma do que há em cima no céu, nem embaixo da terra, nem nas águas debaixo da terra, não te encurvarás a elas, nem as servirás; porque eu, o senhor, teu Deus, sou Deus zeloso, que visito a maldade dos pais sobre os filhos, até a terceira e quarta geração daqueles que me aborrecem, e faço misericórdia em milhares aos que me amam e guardam os meus mandamentos.” (deuteronômio 5.7,10) Deus não abriu aqui exceção para nenhum santo ou santa; Ele proibiu e disse que não perdoará quem assim age, nos mostra ainda que somente existe um Deus e este não tem forma, ou imagem, e portanto devemos adorar é em espírito, não podemos nem mesmo adorar uma suposta imagem de Jesus, pois é pecado, e estaremos andando contrário aos seus mandamentos.

“E mudaram a glória do Deus incorruptível em semelhança da imagem de homem corruptível, e de aves, e de quadrúpedes, e de répteis. Pelo que também Deus os entregou às concupiscência do seu coração, a imundícia, para a desonrarem o seu corpo entre si; pois mudaram a verdade de Deus em mentira e honraram e serviram mais a criatura do que o Criador, que é bendito eternamente. Amem!”(romanos 1.23,25)

Ou seja, só existe um Deus a quem devemos adorar, e qualquer outra coisa que adorarmos, estamos pecando, exatamente isto, são coisas, são nada, são demônios. “E os outros homens, que não foram mortos por estas pragas, não se arrependeram das obras de suas mãos, para não adorarem os demônios e os ídolos de ouro, e de prata, e de bronze, e de pedra, e de madeira, que não podem ver, nem ouvir, nem andar.”(Apocalipse 9.20) Abandone as imagens, e deuses, santos, santas, enquanto é tempo, venha para Jesus para que sejas salvo e vivas abundâncias.
Leia e pratique a Bíblia.

E conhecereis a verdade, e a verdade vos libertará. João 8.32

Obs: Advertência sobre imagens - Salmos 113 ( Biblia Católica) Salmo 115 ( Biblia Evangelica )

Fruto de estupro, pastor prega vida - Por Revista Cristã


Cuiabano nascido de um ato de violência sexual transforma no dia-a-dia os traumas da rejeição e discriminação sofridos na infância e adolescência numa campanha de amor e valorização da vida.

Há 11 anos, Paulo Marcos de Barros, 37, que hoje é pastor da Igreja Batista Nacional, conta sua história em igrejas, escolas, seminários, congressos e palestras de motivação em empresas.


Mais recentemente, há quatro anos, ele produziu um documentário em vídeo no qual apresenta testemunhos e relata o que aconteceu com sua mãe, Regina das Graças Barros, hoje com 57 anos. Regina é uma deficiente mental que aos 18 anos foi violentada sexualmente por cinco homens em diferentes ocasiões até a descoberta da gravidez pelos pais.

Acometida por meningite e sarampo com menos de dois anos de vida, ele teve danos cerebrais irreversíveis. Regina nunca falou fluentemente. Além disso, a deficiência se agravou e outras doenças surgiram, como a hipertensão e um câncer uterino em 1999. Para piorar, hoje ela está praticamente cega e dependente de uma cadeira de rodas.

Com a morte dos pais de Regina, Raida e Aristóbolo Barros, há 19 anos o filho rejeitado pelos parentes e amigos tornou-se o anjo de guarda da mãe. É ele quem lhe dá banho, põe o alimento na boca, a leva para a cama e ainda pinta seus cabelos, corta e faz suas unhas. Ele diz que como a mãe sempre foi vaidosa e reclamava quando os cabelos estavam feios, sem corte ou com fios brancos, ele decidiu manter esses cuidados mesmo agora, quando ela não consegue ver com nitidez, porque percebe que o cuidado a agrada.

“Acho que nasci e sobrevivi porque tenho como missão cuidar da minha mãe e ajudar outras pessoas com o meu testemunho”, avalia o pastor. De acordo com Paulo, chocados com a gravidez da filha deficiente, os avós dele chegaram a levar Regina em dois médicos na tentativa de fazer o aborto, mas um deles pediu alguns dias para pensar e o outro se recusou a fazê-lo, ao constatar que a gestação já estava no quinto mês.

Se não bastasse, Paulo nasceu prematuro, de sete meses, pesando apenas um quilo e 100 gramas, numa época em que a medicina não dispunha de recursos como UTI neonatal. “Minha avó contava que eu era tão pequeno que para ajuda na minha recuperação ela me mantinha aquecido em panos dentro de uma caixa de sapatos”, recorda.

A proposta do pastor é que esse documentário indique que estão errados aqueles que reclamam da vida por coisas sem importância ou que pensam em desistir de viver. Ele frisa que as experiências dele são prova de que não existem problemas intransponíveis. Casado com a comerciária Karina Barros e pai do pequeno Davi, de cinco anos, Paulo diz que se considera, acima de tudo, uma pessoa feliz. Ele diz que curou os próprios traumas, vindos do fato de saber ser fruto de um caso de violência sexual.

Paulo levantou informações sobre a deficiência, o estupro, a gravidez da mãe e seu nascimento com parentes, vizinhos, médicos e outras pessoas. Ele conta que a mãe, que tinha idade mental de uma criança de cinco anos por causa da deficiência, primeiro foi estuprada pelo filho de uma vizinha, depois por um soldado, dias ou meses após pelo marido de outra vizinha e em seguida pelo rapaz que supostamente seria seu pai. Os atos de violência ocorriam quando ela visitava vizinhos ou brincava na porta de outras casas da rua onde morava

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