REDE ALERTA CRISTÃO: 2011-06-12

TV UNÇÃO E VIDA - PARCEIRA REDE ALERTA CRISTÃO

A atuação profissional do cristão como um chamado divino



Você acha que a chamada divina envolve somente cargos eclesiásticos?
A chamada divina é um dos temas mais fascinantes da vida cristã. O assunto vocação celestial abre-nos a visão para um plano belo e perfeito de um Deus supremo que, de modo especial, convoca-nos a vivermos Nele e para Ele. Pelo Texto Sagrado, todo cristão foi chamado pelo propósito de Deus (Rm. 8.28); para ser de Cristo (Rm. 1.6); e para a comunhão com Ele (1Co. 1.9).

Como definiu o sociólogo cristão Os Guinnes: “O chamado é a verdade com que Deus nos chama para si mesmo tão decisivamente que tudo o que somos, tudo o que fazemos e tudo o que temos é investido com devoção especial, dinamismo e direção vividos como resposta à sua convocação e serviço”.

Apesar de fascinante, entretanto, a abordagem dessa temática dentro do círculo ministerial, não poucas vezes, é feita de forma estreita, circunscrevendo a vocação e a mordomia cristã ao âmbito eminentemente eclesiástico. Grosso modo, a compreensão que se tem sobre esse assunto é que o Senhor simplesmente convoca pessoas para atuarem como obreiros efetivos em sua obra, mas vinculados somente a cargos, ofícios ou funções eclesiásticas, menosprezando, com isso, a vocação e o trabalho para além dos limites do átrio da igreja local e das atividades especificamente religiosas.

Com efeito, essa visão distorceu sobremodo a compreensão acerca da chamada divina especifica, transformando-a em sinônimo de função eclesiástica, fazendo crer na necessidade do abandono do trabalho secular a fim de se entregar exclusivamente à obra.

É como se o trabalho secular não tivesse nenhuma importância para Deus ou nenhuma função espiritual. Foi exatamente esse tipo de pensamento que suscitou dúvidas em Sealy Yates, conforme relata Nancy Pearcey em Verdade Absoluta (CPAD). Com apenas vinte e cinco anos ele já havia realizado todos os seu sonhos. Formara-se em Direito, fora aprovado no exame da ordem dos advogados e arrumara um ótimo trabalho. Casara-se com uma mulher maravilhosa, e ambos se ocupavam na criação do primeiro filho. A vida era boa. Porém, faltava algo na vida de Sealy. Ele ainda não estava contente. Apesar do seu sucesso profissional ele ainda não se sentia plenamente feliz, não obstante ser um cristão autêntico.

Sealy tinha convicção da sua chamada para a obra e ainda por cima desenvolvia várias atividades na igreja em que congregava, mas mesmo assim sentia uma grande fome espiritual. A primeira coisa que passou pela sua cabeça foi exatamente sobre as dimensões da chamada divina: Será que deveria sair do trabalho e ir para o campo missionário? Refletiu Yates.

Assim como Sealy – observou Nancy – a maioria de nós, cristãos, assimilamos a idéia de que servir a Deus significa em primeiro lugar fazer a obra de Deus. Se estamos engajados em outras áreas de trabalho, pensamos que servir ao Senhor significa amontoar atividades na igreja – coisas como cultos, estudos bíblicos, evangelismo – em cima de nossas responsabilidades existentes. A grande dificuldade dele era exatamente integrar a sua fé cristã à sua vida profissional.

Nancy escreve: “Onde está Deus em minha vida?, Sealy se perguntava. O que julgara que fosse depressão era um desejo atordoante de que seu trabalho secular tivesse um significado espiritual. Acrescentar atividades eclesiásticas a um trabalho de todo secularizado era com pôr uma moldura religiosa em um pintura secular. A tensão entre a fome espiritual e as exigências de tempo de trabalho puramente “secular” estava dilacerando-o por dentro”, p. 72.

Tempos depois Sealy vislumbrou a possibilidade de conjugar sua fé cristã com a sua atividade profissional. Ele percebeu que as pessoas consultam advogados quando estão passando por dificuldades; viu então que era uma oportunidade fenomenal para ajudá-las a fazer o que é certo. Portanto, Sealy passou a compreender que sua profissão de advogado era sobretudo um forma de ser usado por Deus na obra. Ainda: “Os advogados podem ministrar a cônjuges que procuram divórcio, orientar adolescentes em dificuldade com a lei, aconselhar homens de negócios em conflitos éticos para fazerem o que é certo, confrontar ministérios cristãos que estejam transigindo os princípios bíblicos. A advocacia não é somente um conjunto de procedimentos ou uma técnica argumentativa. É o meio de Deus confrontar o erro, estabelecer a justiça, defender os fracos e promover o bem público”.

Sealy descobriu, portanto, que advogar é muito mais que um modo de ganhar dinheiro e casos. É fundamentalmente um modo de exercer os próprios propósitos de Deus no mundo: promover a justiça e contribuir com o bem da sociedade. Ainda, percebeu que quando estamos em nossos trabalhos, estamos fazendo a obra de Deus. Foi então que ele resgatou a alegria de viver.

De fato, essa é uma dúvida que perturba muitos cristãos convictos que possuem convicção de uma chamada para a obra: Preciso abandonar o trabalho para atender ao Chamado?

A resposta: não necessariamente.

É óbvio que muitos cristãos são chamados para atuarem como “levitas” de Deus; vocacionados e separados para laborarem exclusivamente na obra eclesiástica. Paulo inclusive escreve que quem almeja o episcopado excelente obra deseja ( Tm. 3.1). O apóstolo dos gentios ainda afirmou noutra ocasião que Deus deu uns para apóstolos, e outros para profetas, e outros evangelistas, e outros para pastores e doutores (Ef. 4.11). Todavia, é preciso entender que o chamado de Deus para a vida do homem é bem mais amplo que a atuação por meio de cargos ou ofícios na igreja local. Mais que isso, o chamado divino envolve tudo o que somos, fazemos e investimos na obra, em qualquer local e momento. Tudo o que fizermos devemos fazer para a glória de Deus (I Cor. 10.31).

Portanto, atender ao chamado de Deus e fazer a Sua obra não significa necessariamente ser um obreiro de tempo integral e, muitas vezes, não é preciso nem mesmo fazer parte do ministério eclesiástico. É preciso que se entenda que todas as esferas de atuação do homem são campos onde o chamado pode e deve ser exercido, inclusive o local de trabalho dos crentes, onde seus ofícios são considerados por Deus como verdadeiros ministérios.

Ao olharmos para a Bíblia lemos a história de um jovem chamado José, filho de Jacó. Desde cedo ele já havia entendido o propósito e a vocação de Deus para sua vida. José não teve nenhuma função ligada à prática religiosa, mas ele foi uma ferramenta importante usada por Deus para o cumprimento de um propósito. Como governador do Egito, e profissional capacitado, competente e, sobretudo, fiel à Deus, José ele foi usado como instrumento divino e livrou toda uma nação de período de fome avassaladora.

E você, tem usado sua profissão como instrumento do Mestre?

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Valmir Nascimento é graduado em Direito, pós-graduado em Direito e Antropologia da religião, analista judiciário federal, e serve ao Senhor no presbitério da Assembleia de Deus em Cuiabá.

Fonte Valmir Nascimento & Púlpito Cristão

TRAIDORA DOS EVANGELICOS - Marta Suplicy revela: PLC 122 deve entrar em votação em breve



O projeto substitutivo ao PLC 122/06, que criminaliza a homofobia no Brasil, deverá voltar à pauta de votação do Senado no mês de agosto. A informação foi dada pela senadora Marta Suplicy (PT-SP), relatora do projeto na Comissão de Direitos Humanos e Legislação Participativa (CDH).
Segundo Marta, o relatório está sendo elaborado em conjunto com diversos setores, como lideranças religiosas e Associação de Lésbicas, Gays, Bissexuais e Transexuais (ALGBT).
Marta Suplicy garantiu que no texto será incluída a proibição da incitação à violência contra os LGBTs nos moldes da Lei no 7.716/89 que define e pune os crimes de preconceito de raça ou de cor
“Os entendimentos estão avançando a passos rápidos. É impossível não criar algo que cerceie a violência. Por exemplo, na internet, uma pessoa pode usar um blog para incitar hostilidades contra homossexuais e nós não podemos fazer nada. Enquanto, se ela fizer o mesmo em relação ao racismo, ela será criminalizada. Então, porque se pode proteger tantos grupos e não proteger os LGBTs?”, reclamou a senadora.
O PLC 122/06 está há cinco anos tramitando no Congresso Nacional e, há quatro anos está em discussão no Senado, onde pressões de setores ligados às igrejas têm dificultado sua aprovação.
No início do mês, a senadora Marta Suplicy teve de retirar o projeto de combate à homofobia da pauta de votação da CDH na tentativa de fechar um acordo com os senadores ligados às igrejas evangélicas.



Fonte: Vermelho 
Com acréscimos Bp. Roberto Torrecilhas - GDA

Seminário internacional do CNJ discute relação entre Estado e Igreja

Feriados religiosos, efeitos legais do casamento na Igreja e ensino de religião nas escolas públicas são questões que merecem discussão.

Efeitos civis dos casamentos religiosos, ações trabalhistas contra igrejas, retirada de símbolos religiosos do ambiente de trabalho e uma ação direta de inconstitucionalidade contra o ensino religioso confessional em escolas públicas mostram que a relação entre Estado e Igreja ainda é um terreno minado para advogados e magistrados. Para analisar o tema e esclarecer conceitos que possam ser utilizados pela Justiça para equacionar estas e outras questões, o Conselho Nacional de Justiça (CNJ) promoverá nesta quinta-feira (16/6), no Centro de Convenções Brasil 21, em Brasília, o seminário internacional "O Estado Laico e a Liberdade Religiosa". O seminário será aberto às 8h30, pelo ministro Cezar Peluso, presidente do Supremo Tribunal Federal e do Conselho Nacional de Justiça. 

Para o conselheiro e ministro do Tribunal Superior do Trabalho Ives Gandra Martins Filho, o fator religioso - por ser constituinte do ser histórico e ontológico do homem - merece atenção e debate, para se compreender o que significa a laicidade do Estado, sem preconceitos ou radicalismos.

"Será a oportunidade de aprofundar as razões que justificam tanto a separação entre Igreja e Estado quanto sua mútua cooperação, num regime democrático de respeito à liberdade religiosa e de valorização do transcendente", afirma o conselheiro do CNJ.

O encontro analisará, entre outros temas, Religião e Dignidade Humana, Consciências Privadas e Razões Públicas, Democracia e Laicidade, e o acordo entre o Brasil e a Santa Sé.

Antecedentes A questão da laicidade do Estado tem sido objeto de vários debates no CNJ. Entre eles o pedido de providência ajuizado pelo desembargador José Mota Filho, em 2009, tendo como alvo o então presidente do Tribunal de Justiça do Rio de Janeiro (TJRJ). O motivo: o presidente havia determinado a retirada do crucifixo da sala de sessões do tribunal. A conselheira Andréa Pachá não viu porque anular a decisão do presidente do TJRJ.

Decisão diferente da proferida, em 2007, pelo conselheiro Oscar Argollo que analisou pedido para que fossem retirados os crucifixos de todos os tribunais de justiça do Brasil. A alegação era a de que a presença dos símbolos religiosos atentava contra a artigo 19, inciso I da Constituição. Neste caso, a decisão do CNJ foi pela manutenção dos objetos, pois "um crucifixo numa sala de audiências públicas de Tribunal de Justiça não torna o Estado ou o Poder Judiciário clerical."Quais as razões e argumentos que embasaram uma e outra decisão? A temática é desafiadora e inédita em seminário desse porte em nosso país", conclui o ministro Ives Gandra.

Fonte: Jus Brasil

Museu Nacional da Assembleia de Deus é inaugurado em Belém

Espaço reúne a história dos 100 anos da Assembleia de Deus


O Museu Nacional da Assembleia de Deus foi inaugurado nesta quinta-feira, 16, no bairro Cidade Velha, em Belém do Pará. A inauguração abriu oficialmente as comemorações do Centenário da Assembleia de Deus no Brasil.
A casa que abriga o Museu é semelhante à residência da irmã Celina Albuquerque, onde os missionários suecos Daniel Berg e Gunnar Vingren se reuniam há 100 anos.
O objetivo do espaço é de arquivar e preservar a história da Igreja em solo brasileiro, o espaço funciona também como um centro de pesquisas, com um acervo disponível para estudantes e profissionais das mais diversas áreas que poderão aprofundar seus estudos em qualquer nível acadêmico.

Nele, estão guardadas peças como baús dos missionários Samuel Nyströn e Nels Nelson, bússola do barco Boas Novas, jarra litúrgica utilizadas nos cerimoniais, exemplares dos primeiros suplementos bíblicos da Escola Dominical, contrabaixo acústico da primeira orquestra da Assembleia de Deus e telas em óleo com retratos dos líderes, entre outros.
A inauguração do Museu Nacional da Assembleia de Deus teve a presença de autoridades políticas e religiosas da denominação, como o prefeito Duciomar Costa, deputado federal Zequinha Marinho, deputado estadual Celso Sabino e o vereador Iran Moraes, que foram recebidos pelo pastor Samuel Câmara, presidente da Igreja em Belém; pastor Firmino Gouveia, pastor emérito da Igreja; e pastores Guilherme Costa e Rui Raiol, diretores do Museu.

Os descendentes dos pioneiros Gunnar Vingren e Daniel Berg, também vieram da Suécia, como os netos Eva Vingren e Bo David Vingren, acompanhados dos bisnetos de Gunnar Vingren e amigos suecos.
Serviço: Exposição Geração do Centenário “Memórias da Nossa Fé” – Museu Nacional da Assembleia de Deus, Rua João Diogo, 221 – Cidade Velha- Belém (PA)

Horário de funcionamento:
Terça a sexta-feira – 10h às 16h
Sábado e domingo – 9h às

Fonte: Gospel Prime

STF pode liberar o uso de psicoativos em cultos religiosos

Atualmente apenas o chá ayahuasca pode ser usado em cerimônias, mas até mesmo a maconha poderá ser permitida



Depois de liberar as passeatas pela descriminalização da maconha, o ministro Celso de Mello, relator do processo, acredita que em breve o Supremo Tribunal Federal (STF), será acionado para liberar o uso de psicoativos em cultos religiosos.
No Brasil é permitido apenas o uso do chá ayahuasca em cerimônias religiosas, com a Resolução número 1 de 2010, do Conselho Nacional de Políticas sobre Drogas (Conad), as religiões como o Santo Daime e a União do Vegetal têm aspecto legal para fazer uso de psicoativos.
O ministro afirma que uma futura provocação no STF poderia liberar também o uso de outras substâncias para fins religiosos, como a própria maconha ou o chá de maconha.
“Hoje, a Constituição do Brasil, cuidando da liberdade religiosa, que admite múltiplas interpretações, reconhece o direito a quem pratica qualquer religião, e o Estado tem que respeitar qualquer liturgia. Se alguém pretender discutir esse tema, é evidente que isso pode ser debatido em uma ação no Supremo”, afirma Mello.
Na ação julgada na última quarta-feira (15), a Associação Brasileira de Estudos Sociais do Uso de Psicoativos (Abesup) chegou a pedir que o uso de substâncias ilícitas fosse liberado em cerimônias religiosas. Entretanto, os ministros negaram a análise da questão porque entenderam que ela extrapolava o pedido inicial do Ministério Público, que era somente a liberação das marchas pela legalização da maconha.

Fonte: Jornal do Brasil

Site romeno vende perdão para pecados de vivos e de mortos

O pagamento pode ser feito por cartão de crédito e o assinante ainda pode escolher qual igreja fará a oração


Um site romeno, o Cristi Ortodox, está cobrando o equivalente a R$ 54 reais para perdoar pecados de pessoas vivas ou mortas através de orações.
Os internautas também podem pedir orações por outras áreas como saúde e bons resultados escolares. Essas orações são feitas ao vivo e em voz alta.
O serviço está sendo oferecido por um convênio com quatro igrejas ortodoxas e o assinante escolhe de qual delas deseja receber oração. O pagamento é feito por cartão de crédito ou por PayPal e os valores são divididos pelas igrejas.
O Christian Post divulgou que o site não tem aprovação da Igreja Ortodoxa de Romênia, de acordo com as palavras de um sacerdote da Igreja Ortodoxa de Houston, Estados Unidos.
“O que sei é que os líderes ortodoxos romenos não estão de acordo [com o site], porque são muitos tradicionais”, disse Father Iulian Anitei.
Mas apesar de não aprovarem o projeto, Anitei confirma que as igrejas estão recebendo o dinheiro arrecado pelas orações. O sacerdote americano diz também que diferentemente do que o site dá a entender, “não é que fiéis esperam de Deus perdão de seus pecados porque deram dinheiro, mas é uma maneira de expressar a sua profunda fé”.

Fonte: Gospel Prime

Com Grécia à beira da falência, premiê anuncia novo ministro

O primeiro-ministro grego Giorgos Papandreou nomeou nesta sexta-feira como ministro das Finanças um antigo rival político, em busca de consenso no Partido Socialista (PASOK) para aprovar os novos ajustes exigidos pela União Europeia (UE) e o Fundo Monetário Internacional (FMI) para salvar o país da falência.
Papandreou nomeou para o cargo Evangelos Venizelos, que até agora era ministro da Defesa. Venizelos substitui Giorgos Papaconstantinou - desgastado pelo plano de austeridade adotado para cumprir com as exigências da UE e do FMI.
Papaconstantinou, no entanto, permanece no governo, como ministro do Meio Ambiente.
Venizelos, 54 anos, que também ocupará um dos dois postos de vice-premier, havia desafiado em 2007 Papandreou na disputa pela liderança do PASOK.
Pouco depois do anúncio, a chanceler alemã, Angela Merkel, e o presidente francês, Nicolas Sarkozy, defenderam uma solução rápida para a crise da dívida grega, na qual os credores privados podem participar voluntariamente.
"Precisamos de uma solução rápida", declarou Merkel em uma entrevista coletiva conjunta com Sarkozy em Berlim.
Mas os dois se recusaram a divulgar uma data.
"Queremos que o setor privado participe voluntariamente. Eu quero insistir nisto, não há nenhuma base legal para uma participação obrigatória", acrescentou.
A França e o Banco Central Europeu (BCE) insistem há semanas que a participação de credores privados - bancos, seguradoras e fundos de investimentos - deve ser voluntária para não assustar os mercados, ao contrário da Alemanha, que insistia na participação do setor privado no plano de resgate.
O novo homem forte do governo é um especialista em temas constitucionais, que esteve à frente da preparação dos Jogos Olímpicos de Atenas-2004.
Mas sua nova missão terá pouco de espírito esportivo: o novo ministro terá que fazer o país aceitar a amarga fórmula de novos ajustes, em uma nação já abalada por mais de dois anos de recessão, cortes de salários e desemprego em alta.
O novo gabinete será submetido a um voto de confiança do Parlamento no domingo, mesmo dia de uma reunião de ministros das Finanças da Eurozona em Luxemburgo para tentar superar as divergências sobre o plano de ajuda à Grécia.
Os novos ajustes - de 28 bilhões de euros (40 bilhões de dólares) escalonados até 2015 - devem ser votados até o fim do mês. O programa inclui aumento de impostos e um grande plano de privatizações.
A medidas geram fortes resistências entre a população e as bases do PASOK.
A bancada parlamentar socialista tem uma maioria estreita de 155 deputados sobre 300. Na quinta-feira, dois deputados renunciaram a seus mandatos por não concordarem com as novas medidas, mas serão substituídos por correligionários.
O país se viu praticamente paralisado na quarta-feira por uma greve geral - a terceira do ano - e por manifestações convocadas pelos sindicatos e pelo movimento dos "Indignados".
Mas o prazo é cada vez mais curto: o governo grego advertiu que se veria impossibilitado de honrar os vencimentos de julho sem a liberação da parcela de 12 bilhões de euros por parte do FMI e da UE, como parte do empréstimo de 110 bilhões de euros acordado ano passado.
O primeiro plano de resgate da economia grega se revelou insuficiente.
Papandreou também nomeou nesta sexta-feira o novo ministro das Relações Exteriores: Stravos Lambrinidis, 49 anos, ex-líder da bancada socialista grega no Parlamento Europeu.
Outra personalidade próxima a Papandreou, Panos Beblitis, que era subsecretário da Defesa, assume como titular da pasta.

Fonte : AFP & Terra

Itália apela a Comissão de Conciliação com Brasil por Battisti

O governo da Itália determinou à sua embaixada no Brasil que solicite às autoridades brasileiras a ativação da Comissão Permanente de Conciliação prevista na convenção bilateral de 1954 diante do litígio no caso do ex-ativista de esquerda Cesare Battisti. Em nota divulgada nesta sexta-feira, o Ministério das Relações Exteriores italiano destaca que a intenção do governo Silvio Berlusconi é levar a essa comissão a negativa da extradição de Battisti à Itália, decidida pelo ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva e ratificada pelo Supremo Tribunal Federal (STF) no último dia 8.
"Como já se anunciou no dia seguinte ao conhecido pronunciamento do Supremo Tribunal Federal do Brasil, a Itália continua disposta a realizar todas as iniciativas necessárias para buscar a revisão da decisão que validou a negativa à extradição de Cesare Battisti", diz a nota.
"O governo italiano nomeou o jurista internacional Mauro Politi como seu membro proposto para tal Comissão de Conciliação", ressalta o comunicado. A Convenção sobre Conciliação e Solução Jurídica entre Itália e Brasil de 1954 contempla a possibilidade de, em caso de desacordos em matéria judicial entre os dois países, se possa criar uma comissão de conciliação, cuja solicitação formal pode ser feita de modo independente por qualquer uma das partes.
A Comissão de Conciliação deve concluir seus trabalhos no prazo de quatro meses. Depois disso, se não houver acordo, pode-se recorrer à Corte Internacional de Justiça (CIJ) de Haia, na Holanda, instância que o Governo italiano já se mostrou disposto a utilizar.
Caso Battisti
Ex-integrante da organização de extrema-esquerda Proletários Armados pelo Comunismo (PAC), Cesare Battisti foi condenado pela Justiça italiana à prisão perpétua por quatro assassinatos, ocorridos no final da década de 1970. O italiano nega as acusações. Depois de preso, Battisti, considerado um terrorista pelo governo da Itália, fugiu e se refugiou na América Latina e na França, onde viveu exilado por mais de 10 anos, sob proteção de uma decisão do governo de François Miterrand. Quando o benefício foi cassado pelo então presidente Jacques Chirac, que determinou a extradição de Battisti à Itália, o ex-ativista fugiu para o Brasil em 2004. Encontrado, ele ficou preso no País a partir de 2007.
O então ministro da Justiça, Tarso Genro, sob o argumento de "fundado temor de perseguição", garantiu ao italiano o status de refugiado político, o que em tese poderia barrar o processo de extradição que o governo da Itália havia encaminhado à Suprema Corte brasileira. Ainda assim, o caso foi a julgamento no Supremo Tribunal Federal (STF) no final de 2009, quando os magistrados decidiram que o italiano deveria ser enviado a seu país de origem, mas teria de cumprir pena máxima de 30 anos de reclusão, e não prisão perpétua como definido pelo governo da Itália. Na mesma decisão, no entanto, os ministros definiram que cabia ao presidente da República a decisão final de extraditar ou confirmar o refúgio a Battisti.
No dia 31 de dezembro de 2010, último dia de seu governo, o então presidente Luiz Inácio Lula da Silva decidiu não extraditar Battisti à Itália, com base em parecer da Advocacia-Geral da União (AGU) que levantava suspeitas de que a ida do ex-ativista a seu país de origem poderia colocar em risco a sua vida. Segundo o documento, a repercussão do caso e o clamor popular tornariam o futuro de Battisti "incerto e de muita dificuldade" na Itália.
Três dias depois da decisão de Lula, a defesa de Battisti entrou com um pedido de soltura no STF, mas o governo italiano pediu ao Supremo o indeferimento da petição alegando "absoluta falta de apoio legal". Na ocasião, o presidente do STF, Cezar Peluso, negou a libertação imediata e determinou que os autos fossem encaminhados ao relator do caso, ministro Gilmar Mendes. No dia 3 de fevereiro, o governo italiano encaminhou STF um pedido de anulação da decisão de Lula, acusando-o de não cumprir tratados bilaterais entre os dois países.
Os recursos foram julgados no dia 8 de junho de 2011. Primeiro, O plenário decidiu que o governo da Itália não tinha legitimidade para contestar a decisão de Lula. Em seguida, o STF determinou a liberdade imediata do italiano por entender que não cabe ao Supremo contestar a decisão "soberana" de um presidente da República. Com o fim da sessão, o alvará de soltura de Battisti foi encaminhado para a penitenciária da Papuda, em Brasília, de onde ele saiu nos primeiros minutos do dia 9 de junho, após quatro anos preso.



Google pode ter que pagar bilhões de dólares em processo



A ação na justiça movida pela Oracle contra o Google pode custar à gigante das buscas na internet bilhões de dólares, contou hoje o site Huffington Post.
A Oracle processou o Google no ano passado por causa do sistema operacional Android. Segundo o movedor da ação, o Android infringe as patentes Java da Oracle, cuja linguagem de programação foi comprada da Sun Mycrosystem em 2010.
Nesta quinta-feira, a Oracle pediu para que a Corte da Califórnia tornasse públicas algumas informações até então confidenciais - como o valor dos prejuízos que esta "falha" do Android causou às patentes Java da Oracle.


Fonte : Terra

Inauguração do Centro de Convenções do Centenário reúne mais de 18 mil fiéis em Belém

A primeira oração realizada dentro do Centro de Convenções foi conduzida pelo presidente da Assembleia de Deus no Pará, Pr. Samuel Câmara,

Mais de 18 mil pessoas participaram da primeira celebração religiosa realizada ontem no Centenário Centro de Convenções, em Belém, em homenagem aos 100 anos da Assembléia de Deus. A grandiosa obra, que possui 13 mil metros quadrados de área climatizada, foi erguida ao longo de um ano e sua inauguração marca um século domaior movimento pentecostal do mundo, uma referência para a comunidade evangélica. No local, na Rodovia Augusto Montenegro, próximo ao Estádio Olímpico do Mangueirão, serão realizadas grandes celebrações alusivas ao Centenário até amanhã, dia 18 de junho.
O evento teve início com um louvor entoado com a ajuda de um coral de crianças. A primeira prece realizada dentro do Centro de Convenções foi conduzida pelo presidente da Assembleia de Deus no Pará, Pr. Samuel Câmara, que pediu que os presentes erguessem as mãos e agradecessem a Jesus Cristo pelos 100 anos de história e vitórias. Parentes de Daniel Berg e Gunnar Vingren, fundadores do movimento pentecostal participaram da inauguração.
Ao lado deles, autoridades paraenses prestigiaram o evento, a exemplo do governador do Estado, Simão Jatene; da primeira dama Ana Jatene; do prefeito de Belém Duciomar Costa; do prefeito de Ananindeua, Helder Barbalho, além de senadores, deputados e vereadores. Helder Barbalho parabenizou a Igreja pela grandiosidade que alcançou. “A partir de Belém surgiu o maior movimento pentecostal do mundo. Isso tornou a cidade uma referência de fé mundial. Parabéns à Assembleia de Deus e a todos que fazem essa grande festa”, declarou o prefeito de Ananindeua.
Já o prefeito de Belém reconheceu o esforço dos fieis em organizar a festa. “Eu sei que foi um sacrifício mobilizar essa nação em prol do Centenário. Isso mostra que todos somos instrumentos da força de Deus que marca sua força no Brasil e no mundo”, disse o Duciomar Costa. Para o governador Simão Jatene, a data concentra muita emoção. “A Assembleia de Deus é um milagre que se renova a cada dia e que dá ao Pará, ao Brasil e ao mundo uma lição de vida. Tenho a certeza que cada pessoa que viveu o Centenário também vê a mão de Deus”, afirmou.
Emoção – A música teve espaço garantido na inauguração. Os cantores Alessandra Prado, Cristina Mel, Gabriel Lima e o grupo Celebrai, entre outros, estiveram presentes. Louvores como “Avante vai”, “Eu vejo a mão de Deus” e “Chego lá” foram acompanhados com muita emoção pelos fieis. Duas orações foram feitas. Primeiro o Pr. Takayama, conhecido em todo o Brasil, citou passagens da Bíblia que mostram a grandiosidade da fé, que não distingui raças, classes sociais ou grau de instrução. Em seguida, um pastor da Suécia retomou a importância da vinda de seus compatriotas Daniel Berg e Gunnar Vingren para a criação do movimento pentecostal, que atualmente congrega cerca de 700 mil pessoas, somente no Estado do Pará, em seus mais de 4 mil templos.
Visitantes – Muitos turistas que chegaram para prestigiar o evento ficaram surpresos com a grandiosidade da festa. O pernambucano Felipe Ferreira veio acompanhado da esposa e dos pais. O fiel estava feliz em poder participar do Centenário. “É uma honra está aqui, além de ser uma oportunidade única. É um prazer enorme ser recepcionado pela Igreja-Mãe. Não imaginava encontrar uma festa tão grande”, afirmou Felipe, que viajou mais de 1,5 km para participar do maior evento pentecostal do Brasil.
Apesar da longa viagem, os fieis não se deixavam abater pelo cansaço. Mesmo quem veio para trabalhar se mostrava satisfeito está presente na festividade. A carioca Alice Maior, da rádio Maior, está em Belém para representar a comunidade da Assembleia de Deus de Nilópolis, do Rio de Janeiro. Ela conta que em uma semana conseguiu reunir todos os equipamentos para cobrir o evento e transmitir para comunidade. “Valeu a pena o esforço, pois participar dos 100 anos da igreja é uma maravilha, mesmo sendo a trabalho. Ainda tive o prazer de conhecer o pastor Samuel Câmara”, comemorou. Para ela, o momento mais emocionante foi quando escutou o hino oficial do Centenário. “Quando escutei o hino oficial do Centenário me emocionei muito”, ressaltou a fiel.

Fonte: Gospel Prime

Centenário da Assembleia de Deus é destaque no Jornal Nacional

Em Belém do Pará, onde ela surgiu, as celebrações começaram nesta quinta (16), com a inauguração de um museu nacional e um centro de convenções com capacidade para 20 mil pessoas.


A capital do Pará está recebendo a visita de milhares de pessoas para um aniversário. No sábado, a Igreja Assembleia de Deus completará 100 anos de existência e foi em Belém que ela surgiu.
Era 1910 quando os suecos Daniel Berg e Gunar Vingren receberam a missão de pregar o evangelho em um lugar chamado Pará. Foram 14 dias de barco dos Estados Unidos, onde moravam, até chegar a Belém pelas margens da Baía do Guajará.
Um grupo da igreja batista recebeu os missionários. No ano seguinte, os dois fundaram a Assembleia de Deus. A capital paraense foi o ponto de partida de um processo de evangelização que se espalhou rapidamente pelo interior.
Hoje são 110 mil igrejas no Brasil, frequentadas por 12 milhões de fiéis, segundo a Assembleia, e inúmeras obras sociais.
Em casa de apoio em Belém, a igreja mantém uma creche para 200 crianças, oferece assistência a quem está em tratamento médico e também às vitimas de violência sexual. Todo cuidado e carinho que esses pequenos recebem dependem da dedicação de 30 voluntários.
“Eles estão carentes de amor, carinho, atenção. E eu procuro dar de tudo um pouquinho”, conta a professora voluntária Elaine Costa.
As celebrações pelo centenário começaram nesta quinta-feira (16). Foram inaugurados, em Belém, o Museu Nacional da Assembleia de Deus e um centro de convenções com capacidade para 20 mil pessoas.
“Nós estamos realmente felizes, em receber o Brasil todo nesse lugar e todo mundo vai conhecer o espírito do Amazônida e, sobretudo de uma igreja extremamente feliz”, afirma Samuel Câmara, líder da Assembleia de Deus no Pará.
“Sentimento de prazer, felicidade por ver nós chegarmos ao centenário”, vibra uma mulher.

Assista:


Fonte : Jornal Nacional

Arqueólogos descobrem ruínas de uma igreja cristã em Israel

O achado tem características bizantinas que remetem ao início do cristianismo


Uma igreja cristã do início do período bizantino foi achada por arqueólogos na cidade de Acre, ao norte de Israel. Segundo a Autoridade de Antiguidades, o prédio é do período entre os anos 324 a 638 depois de Cristo, com características bizantinas (o Império Bizantino sucedeu o Romano em poderio no mundo conhecido da época), com cerca de 1.500 anos.
A igreja foi encontrada pela Autoridade de Antiguidades de Israel, órgão governamental responsável pelo patrimônio histórico no que concerne a artefatos e imóveis, que estava investigando uma escavação não autorizada para a construção de um shopping center na área. Diante dos resquícios significantes de ruínas, o órgão resolveu continuar a exploração.
A igreja remete ao início do cristianismo, com indícios palpáveis que comprovam a informação. Na região algumas residências de cristãos já foram encontradas, mas essa é a primeira vez que um prédio público foi encontrado em Acre.
Em uma das salas da antiga igreja foi achado um piso em mosaico. Na área externa, foi encontrado um poço, que abastecia o complexo de água fresca. O prédio é feito de pedra com enfeites em mármore, com partes forradas de azulejos decorados, ornados com vasos de cerâmica. Também foram encontradas no local moedas e telhas da época.

Fonte: Arca On Line

Profecia maia sobre fim do mundo aumenta número de seitas apocalípticas na França

Relatório da Miviludes pede para o governo ficar atento diante desse crescimento



Um relatório divulgado na França recomenda maior vigilância por parte das autoridades públicas diante do surgimento de seitas apocalípticas baseadas na profecia maia que prevê o fim do mundo para o dia 21 de dezembro de 2012.
O documento anual da Missão Interministerial de Luta contra as Seitas (Miviludes) foi entregue nesta quarta-feira, 15, ao governo francês  e diz que os poderes públicos devem “aumentar a vigilância” contra “atos extremos” que podem ser cometidos pelos cidadãos conduzidos por esses discursos milenaristas.
O relatório aponta que, no ano passado, foram registrados 2,5 milhões de sites referentes ao fim do mundo em dezembro de 2012.  Essa data marca o final do calendário maia e também representa a 183ª já anunciada como dia do fim do mundo desde a queda do Império Romano.
O que tem gerado o aumento dessas seitas é a proliferação das novas tecnologias que está promovendo “uma ressonância amplificada” para a profecia de 2012. Somado a isso temos a crise econômica mundial e as catástrofes naturais que dão aos cidadãos “uma razão extra para crer no fim do mundo”.
As seitas que se baseiam em previsões apocalípticas são “mais alienantes e mais manipuladoras que as outras” e suas estruturas são “mais histéricas e fanáticas”, acrescenta o estudo.
Em 1995, houve um suicídio coletivo na França onde 16 membros da seita da Ordem do Templo Solar na colina de Isère, perto da fronteira franco-suíça, que se atearam fogo.
A Miviludes mantém atenção especial sobre a localidade de Bugarach, uma pequena comuna do sudeste da França situada junto a um penhasco considerado por diversas profecias que circulam pela internet como o único lugar que se salvará do apocalipse de dezembro de 2012.
O povoado, de menos de 200 habitantes, viveu nos últimos meses uma explosão da demanda imobiliária. Além disso, proliferam os pedidos de reservas de quartos para essa data na localidade, disse em entrevista ao jornal Le Figaro o prefeito da comuna, Jean-Pierre Delord.

Fonte: Terra

Goleiro do Corinthians cobra R$ 12 mil por passeio a museu

O goleiro Júlio César, do Corinthians, virou presente. O camisa 1 corintiano se associou à empresa O Melhor da Vida para faturar no mercado de "experiências". Uma hora e meia de passeio com o goleiro pelo Museu do Futebol custa R$ 12 mil.

De acordo com o site, o torcedor que comprar o "presente" pode levar um acompanhante e ainda ganha uma camisa do Corinthians autografada pelo goleiro.

Júlio César também negociará seu passe para presença VIP, destinada para evento empresarial. O valor para o camisa 1 aparecer no evento é de R$ 16 mil por uma hora e meia.

JÚLIO CÉSAR

A assessoria do goleiro Júlio César afirmou o acordo com o site, no entanto, não concorda com o valor cobrado.

"O Júlio [César] tinha um acordo com o site, no entanto, não sabia desse valor. Ele achou que seria uma ação com caráter beneficente. Ele vai pedir para tirar do ar", disse a assessoria do goleiro corintiano.

Pouco depois, o nome do goleiro foi tirado do site.

Em nota, o Museu do Futebol divulgou que "desconhece e não tem envolvimento com a empresa O Melhor da Vida, tampouco com o projeto de passeio desenvolvido por ela em parceria com o goleiro Júlio César."

À noite, a empresa confirmou em nota que o goleiro "obviamente, tinha conhecimento da parceria e dos termos que esta envolve". "Sobre a exclusão da experiência do site da O Melhor da Vida, esta se deu por conta da imediata impressão de que o produto estava sendo percebido de forma equivocada junto ao público, e que por isso deverá sofrer ajustes na sua abordagem comercial", informou a empresa.

Fonte : Folha.com

Justiça do RJ concede habeas corpus a ex-jogador Edmundo


Defesa entrou com pedido pela manhã, após prisão de ex-jogador em SP.
Ele foi condenado por acidente fatal em 1995.


A desembargadora Rosita Maria de Oliveira Netto, da 6ª Câmara Criminal do Tribunal de Justiça do Rio de Janeiro (TJ-RJ), concedeu habeas corpus ao ex-jogador Edmundo, nesta quinta-feira (16). O pedido havia sido feito pela defesa do ex-jogador, preso em São Paulo nesta madrugada. A informação foi confirmada pela assessoria do TJ-RJ.


O habeas corpus foi concedido no momento da chegada dos policiais do Rio à 3ª Seccional em Pinheiros, na Zona Oeste paulista, para buscar o ex-jogador.

A soltura foi concedida em caráter liminar (decisão provisória).  A decisão vale até que seja julgada pelo pleno do tribunal em uma data a ser definida. Segundo o TJ, cabe recurso da decisão.

Confira a íntegra da decisão
"Tendo em vista a presença dos requisitos autorizadores à liminar em que se objetiva a liberdade sob o fundamento da ilegalidade do ato judicial que determinou a restrição, antes do trânsito em julgado o que, ainda, não ocorreu, vez que, consoante o Acórdão do E. STJ no Habeas Corpus nº: 10.952, do ora paciente, restou bem expressa a ausência de trânsito em julgado para a defesa, ponto nodal à prisão condicionada àquela na forma da resp. sentença de 1º grau, não alterada, inclusive remissão procedida e que se renova nesta, no preceito do artigo 617 do CPP, com a vedação da reformatio in pejus, em recurso exclusivo da defesa, e assim face à interposição de recurso extraordinário inadmitido e noticiado em consulta processual, É DE SE CONFERIR, POR ORA, A LIBERDADE DO ORA PACIENTE, EDMUNDO ALVES DE SOUZA NETO, QUE DEVERÁ SER CUMPRIDA, SE POR “AL” NÃO ESTIVER PRESO."

Defesa alega prescrição
O advogado Arthur Lavigne, que representa Edmundo, afirmou na tarde desta quinta que pretendia se reunir com a desembargadora da 6ª Câmara Criminal, acrescentando que alegaria que o crime está prescrito e a punição deveria ser extinta.

“O prazo de prescrição é de oito anos, a partir da data da condenação, em março de 1999, e não de 12 anos, como entendeu o juízo da Vara de Execuções Penais (VEP)”, explicou o advogado.

A Vara de Execuções Penais do Tribunal de Justiça do Rio expediu mandado de prisão contra ele na noite de terça (14). O ex-jogador foi condenado em 1999 a quatro anos e seis meses de prisão por homicídio culposo, após o juiz rejeitar a alegação da defesa de prescrição do processo em que Edmundo responde por um acidente de carro, ocorrido em 1995. No acidente, três jovens morreram e outros três ficaram feridos.

 'Entendimento absurdo'
“O entendimento de que o prazo de prescrição é de 12 anos é absurdo”, reafirmou Lavigne, explicando que não fez o pedido de habeas corpus na quarta-feira (15) porque só teve acesso ao processo que corre na VEP às 18h.

Lavigne disse que falou com Edmundo na noite de quarta-feira e que ele está bem e confiante de que o habeas corpus será concedido.

Durante a madrugada, o ex-jogador foi ouvido pela polícia e fez exame de corpo de delito no Instituto Médico Legal. Segundo o delegado Eduardo Castanheira, responsável pela prisão, o ex-jogador não esboçou reação ao ser abordado pela polícia. Ele ainda tentou ligar para seu advogado, mas não conseguiu.

Fonte : Globo.com

"Lanna Holder" Pastoras lésbicas querem fazer 'evangelização' na Parada Gay de SP

Três semanas depois de inaugurar uma igreja inclusiva e voltada para acolher homossexuais no Centro de São Paulo, o casal de pastoras Lanna Holder e Rosania Rocha pretende participar da Parada Gay de São Paulo, em 26 de junho, para "evangelizar" os participantes. Estudantes de assuntos ligados à teologia e a questões sexuais, as mulheres encaram a Parada Gay como um movimento que deixou de lado o propósito de sua origem: o de lutar pelos direitos dos homossexuais.

“A história da Parada Gay é muito bonita, mas perdeu seu motivo original”, diz Lanna Holder. Para a pastora, há no movimento promiscuidade e uso excessivo de drogas. “A maior concepção dos homossexuais que estão fora da igreja é que, se Deus não me aceita, já estou no inferno e vou acabar com minha vida. Então ele cheira, se prostitui, se droga porque já se sente perdido. A gente quer mostrar o contrário, que eles têm algo maravilhoso para fazer da vida deles. Ser gay não é ser promíscuo.”

As duas pastoras vão se juntar a fiéis da igreja e a integrantes de outras instituições religiosas para conversar com os participantes da parada e falar sobre a união da religião e da homossexualidade. Mas Lanna diz que a evangelização só deve ocorrer no início do evento. “Durante [a parada] e no final, por causa das bebidas e drogas, as pessoas não têm condição de serem evangelizadas, então temos o intuito de evangelizar no início para que essas pessoas sejam alcançadas”, diz.

Leandro Rodrigues, de 24 anos, um dos organizadores da Parada Gay, diz que o evento “jamais perdeu o viés político ao longo dos anos”. “O fato de reunir 3 milhões de pessoas já é um ato político por si só. A parada nunca deixou de ser um ato de reivindicação pelos direitos humanos. As conquistas dos últimos anos mostram isso.”

Segundo ele, existem, de fato, alguns excessos. “Mas não é maioria que exagera nas drogas, bebidas. Isso quem faz é uma minoria, assim como acontece em outros grandes eventos. A parada é aberta, e a gente não coíbe nenhuma manifestação individual. Por isso, essas pastoras também não sofrerão nenhum tipo de reação contrária. A única coisa é que o discurso tem que ser respeitoso.”

Negação e aceitação da sexualidade
As duas mulheres, juntas há quase 9 anos, chegaram a participar de sessões de descarrego e de regressão por causa das inclinações sexuais de ambas. “Tudo que a igreja evangélica poderia fazer para mudar a minha orientação sexual foi feito”, afirma Lanna. “E nós tentamos mudar de verdade, mergulhamos na ideia”, diz Rosania. As duas eram casadas na época em que se envolveram pela primeira vez.


“Sempre que se fala em homossexualidade na religião, fala-se de inferno. Ou seja, você tem duas opções: ou deixa de ser gay ou deixa de ser gay, porque senão você vai para o inferno. E ninguém quer ir para lá”, diz Lanna.

A pastora afirma que assumir a homossexualidade foi uma descoberta gradual. “Conforme fomos passando por essas curas das quais não víamos resultado, das quais esperávamos e ansiávamos por um resultado, percebemos que isso não é opção, é definitivamente uma orientação. Está intrínseco em nós, faz parte da nossa natureza.”

Igreja Cidade de Refúgio
Segundo as duas mulheres, após a aceitação, surgiu a ideia de fundar uma igreja inclusiva, que aceita as pessoas com histórias semelhantes as delas. “Nosso objetivo é o de acolher aqueles que durante tanto tempo sofreram preconceito, foram excluídos e colocados à margem da sociedade, sejam homossexuais, transexuais, simpatizantes”, diz Lanna.

Assim, a Comunidade Cidade de Refúgio foi inaugurada no dia 3 de junho na Avenida São João, no Centro de São Paulo. Segundo as pastoras, em menos de 2 semanas o número aumentou de 20 fiéis para quase 50. Mas o casal ressalta que o local não é exclusivo para homossexuais. “Nós recebemos fiéis heterossexuais também, inclusive famílias”, diz Rosania.

Apesar do aumento de fiéis, as duas não deixaram de destacar as retaliações que têm recebido de outras igrejas através de e-mails, telefonemas e programas de rádio e televisão. “A gente não se espanta, pois desde quando eu e a pastora Rosania tivemos o nosso envolvimento inicial, em vez de essa estrutura chamada igreja nos ajudar, foi onde fomos mais apontadas e julgadas. Mas não estamos preocupadas, não. Viemos preparadas para isso”, afirma Lanna.

Fonte : Globo.com

Os evangélicos e a ditadura militar



Documentos inéditos do projeto Brasil: Nunca Mais - até agora guardados no Exterior - chegam ao País e podem jogar luz sobre o comportamento dos evangélicos nos anos de chumbo.

No primeiro dia foram oito horas de torturas patrocinadas por sete militares. Pau de arara, choque elétrico, cadeira do dragão e insultos, na tentativa de lhe quebrar a resistência física e moral. “Eu tinha muito medo do que ia sentir na pele, mas principalmente de não suportar e falar. Queriam que eu desse o nome de todos os meus amigos, endereços... Eu dizia: ‘Não posso fazer isso.’ Como eu poderia trazê-los para passar pelo que eu estava passando?” Foram mais de 20 dias de torturas a partir de 28 de fevereiro de 1970, nos porões do Destacamento de Operações de Informações - Centro de Operações de Defesa Interna (DOI-Codi), em São Paulo. O estudante de ciências sociais da Universidade de São Paulo (USP) Anivaldo Pereira Padilha, da Igreja Metodista do bairro da Luz, tinha 29 anos quando foi preso pelo temido órgão do Exército. Lá chegou a pensar em suicídio, com medo de trair os companheiros de igreja que comungavam de sua sede por justiça social. Mas o mineiro acredita piamente que conseguiu manter o silêncio, apesar das atrocidades que sofreu no corpo franzino, por causa da fé. A mesma crença que o manteve calado e o conduziu, depois de dez meses preso, para um exílio de 13 anos em países como Uruguai, Suíça e Estados Unidos levou vários evangélicos a colaborar com a máquina repressora da ditadura. Delatando irmãos de igreja, promovendo eventos em favor dos militares e até torturando. Os primeiros eram ecumênicos e promoviam ações sociais e os segundos eram herméticos e lutavam contra a ameaça comunista. Padilha foi um entre muitos que tombaram pelas mãos de religiosos protestantes.

O metodista só descobriu quem foram seus delatores há cinco anos, quando teve acesso a documentos do antigo Sistema Nacional de Informações: os irmãos José Sucasas Jr. e Isaías Fernandes Sucasas, pastor e bispo da Igreja Metodista, já falecidos, aos quais era subordinado em São Paulo. “Eu acreditava ser impossível que alguém que se dedica a ser padre ou pastor, cuja função é proteger suas ovelhas, pudesse dedurar alguém”, diz Padilha, que não chegou a se surpreender com a descoberta. “Seis meses antes de ser preso, achei na mesa do pastor José Sucasas uma carteirinha de informante do Dops”, afirma o altivo senhor de 71 anos, quatro filhos, entre eles Alexandre, atual ministro da Saúde da Presidência de Dilma Rousseff, que ele só conheceu aos 8 anos de idade. Padilha teve de deixar o País quando sua então mulher estava grávida do ministro. Grande parte dessa história será revolvida a partir da terça-feira 14, quando, na Procuradoria Regional da República, em São Paulo, acontecerá a repatriação das cópias do material do projeto Brasil: Nunca Mais. Maior registro histórico sobre a repressão e a tortura na ditadura militar (leia quadro na pág. 79), o material, nos anos 80, foi enviado para o Conselho Mundial de Igrejas (CMI), organização ecumênica com sede em Genebra, na Suíça, e para o Center for Research Libraries, em Chicago (EUA), como precaução, caso os documentos que serviam de base do trabalho realizado no Brasil caíssem nas mãos dos militares. De Chicago, virá um milhão de páginas microfilmadas referentes a depoimentos de presos nas auditorias militares, nomes de torturadores e tipos de tortura. A cereja do bolo, porém, chegará de Genebra – um material inédito composto por dez mil páginas com troca de correspondências entre o reverendo presbiteriano Jaime Wright (1927 – 1999) e o cardeal-arcebispo emérito de São Paulo, dom Paulo Evaristo Arns, que estavam à frente do Brasil: Nunca Mais, e as conversas que eles mantinham com o CMI.


Somente em 1968, quatro anos após a ascensão dos militares ao poder, o catolicismo começou a se distanciar daquele papel que tradicionalmente lhe cabia na legitimação da ordem político-econômica estabelecida. Foi aí, quando no Brasil religiosos dominicanos como Frei Betto passaram a ser perseguidos, que a Igreja assumiu posturas contrárias às ditaduras na maioria dos países latino-americanos. Os protestantes, por sua vez, antes mesmo de 1964, viveram uma espécie de golpe endógeno em suas denominações, perseguindo a juventude que caminhava na contramão da ortodoxia teológica. Em novembro de 1963, quatro meses antes de o marechal Humberto Castelo Branco assumir a Presidência, o líder batista carismático Enéas Tognini convocou milhares de evangélicos para um dia nacional de oração e jejum, para que Deus salvasse o País do perigo comunista. Aos 97 anos, o pastor Tognini segue acreditando que Deus, além de brasileiro, se tornou um anticomunista simpático ao movimento militar golpista. “Não me arrependo (de ter se alinhado ao discurso dos militares). Eles fizeram um bom trabalho, salvaram a Pátria do comunismo”, diz.





Assim, foi no exercício de sua fé que os evangélicos – que colaboraram ou foram perseguidos pelo regime – entraram na alça de mira dos militares (leia a movimentação histórica dos protestantes à pág. 80). Enquanto líderes conservadores propagavam o discurso da Guerra Fria em torno do medo do comunismo nos templos e recrutavam formadores de opinião, jovens batistas, metodistas e presbiterianos, principalmente, com ideias liberais eram interrogados, presos, torturados e mortos. “Fui expulso, com mais oito colegas, do Seminário Presbiteriano de Campinas, em 1962, porque o nosso discurso teológico de salvação das almas passava pela ética e a preocupação social”, diz o mineiro Zwinglio Mota Dias, 70 anos, pastor emérito da Igreja Presbiteriana Unida do Brasil, da Penha, no Rio de Janeiro. Antigo membro do Centro Ecumênico de Documentação e Informação (Cedi), que promovia reuniões para, entre outras ações, trocar informações sobre os companheiros que estavam sendo perseguidos, ele passou quase um mês preso no Doi-Codi carioca, em 1971. “Levei um pescoção, me ameaçavam mostrando gente torturada e davam choques em pessoas na minha frente”, conta o irmão do também presbiteriano Ivan Mota, preso e desaparecido desde 1971. Hoje professor da Universidade Federal de Juiz de Fora, Dias lembra que, enquanto estava no Doi-Codi, militares enviaram observadores para a sua igreja, para analisar o comportamento dos fiéis.





Segundo Rubem Cesar Fernandes, 68 anos, antropólogo de origem presbiteriana, preso em 1962, antes do golpe, por participar de movimentos estudantis, os evangélicos carregam uma mancha em sua história por convidar a repressão a entrar na Igreja e perseguir os fiéis. “Os católicos não fizeram isso. Não é justificável usar o poder militar para prender irmãos”, diz ele, considerado “elemento perigoso” no templo que frequentava em Niterói (RJ). “Pastores fizeram uma lista com 40 nomes e entregaram aos militares. Um almirante que vivia na igreja achava que tinha o dever de me prender. Não me encontrou porque eu estava escondido e, depois, fui para o exílio”, conta o hoje diretor da ONG Viva Rio.

O protestantismo histórico no Brasil também registra um alto grau de envolvimento de suas lideranças com a repressão. Em sua tese de pós-graduação, defendida na Universidade Metodista de São Paulo (Umesp), Daniel Augusto Schmidt teve acesso ao diário do irmão de José, um dos delatores de Anivaldo Padilha, o bispo Isaías. Na folha relativa a 25 de março de 1969, o líder metodista escreveu: “Eu e o reverendo Sucasas fomos até o quartel do Dops. Conseguimos o que queríamos, de maneira que recebemos o documento que nos habilita aos serviços secretos dessa organização nacional da alta polícia do Brasil.” Dono de uma empresa de consultoria em Porto Alegre, Isaías Sucasas Jr., 69 anos, desconhecia a história da prisão de Padilha e não acredita que seu pai fora informante do Dops. “Como o papai iria mentir se o cara fosse comunista? Isso não é delatar, mas uma resposta correta a uma pergunta feita a ele por autoridades”, diz. “Nunca o papai iria dedar um membro da igreja, se soubesse que havia essas coisas (torturas).” Em 28 de agosto de 1969, um exemplar da primeira edição do jornal “Unidade III”, editado pelo pai do ministro da Saúde, foi encaminhado ao Dops. Na primeira página, há uma anotação: “É preciso ‘apertar’ os jovens que respondem por este jornal e exigir a documentação de seu registro porque é de âmbito nacional e subversivo.” Sobrinho do pastor José, o advogado José Sucasas Hubaix, que mora em Além Paraíba (MG), conta que defendeu muitos perseguidos políticos durante a ditadura e não sabia que o tio havia delatado um metodista. “Estou decepcionado. Sabia que alguns evangélicos não faziam oposição aos militares, mas daí a entregar um irmão de fé é uma grande diferença.”






Nenhum religioso, porém, parece superar a obediência canina ao regime militar do pastor batista Roberto Pontuschka, capelão do Exército que à noite torturava os presos e de dia visitava celas distribuindo o “Novo Testamento”. O teólogo Leonildo Silveira Campos, que era seminarista na Igreja Presbiteriana Independente e ficou dez dias encarcerado nas dependências da Operação Bandeirante (Oban), em São Paulo, em 1969, não esquece o modus operandi de Pontuschka. “Um dia bateram na cela: ‘Quem é o seminarista que está aqui?’”, conta ele, 21 anos à época. “De terno e gravata, ele se apresentou como capelão e disse que trazia uma “Bíblia” para eu ler para os comunistas f.d.p. e tentar converter alguém.” O capelão chegou a ser questionado por um encarcerado se não tinha vergonha de torturar e tentar evangelizar. Como resposta, o pastor batista afirmou, apontando para uma pistola debaixo do paletó: “Para os que desejam se converter, eu tenho a palavra de Deus. Para quem não quiser, há outras alternativas.” Segundo o professor Maurício Nacib Pontuschka, da Pontifícia Universidade Católica (PUC), de São Paulo, seu tio, o pastor-torturador, está vivo, mas os dois não têm contato. O sobrinho também não tinha conhecimento das histórias escabrosas do parente. “É assustador. Abomino tortura, vai contra tudo o que ensino no dia a dia”, afirma. “É triste ficar sabendo que um familiar fez coisas horríveis como essa.” 

Professor de sociologia da religião na Umesp, Campos, 64 anos, tem uma marca de queimadura no polegar e no indicador da mão esquerda produzida por descargas elétricas. “Enrolavam fios na nossa mão e descarregavam eletricidade”, conta. Uma carta escrita por ele a um amigo, na qual relata a sua participação em movimentos estudantis, o levou à prisão. “Fui acordado à 1h por uma metralhadora encostada na barriga.” Solto por falta de provas, foi tachado de subversivo e perdeu o emprego em um banco. A assistente social e professora aposentada Tomiko Born, 79 anos, ligada a movimentos estudantis cristãos, também acredita que pode ter sido demitida por conta de sua ideologia. Em meados dos anos 60, Tomiko, que pertencia à Igreja Evangélica Holiness do Brasil, fundada pelo pai dela e outros imigrantes japoneses, participou de algumas reuniões ecumênicas no Exterior. Em 1970, de volta ao Brasil, foi acusada de pertencer a movimentos subversivos internacionais pelo presidente da Fundação Nacional do Bem-Estar do Menor, onde trabalhava. Não foi presa, mas conviveu com o fantasma do aparelho repressor. “Meu pesadelo era que o meu nome estivesse no caderninho de endereço de alguma pessoa presa”, conta. 

Parte da história desses cristãos aterrissará no Brasil na terça-feira 14, emaranhada no mais de um milhão de páginas do Projeto Brasil: Nunca Mais repatriadas pelo Conselho Mundial de Igrejas. Não que algum deles tenha conseguido esquecer, durante um dia sequer, aqueles anos tão intensos, de picos de utopia e desespero, sustentados pela fé que muitos ainda nutrem. Para seguir em frente, Anivaldo Padilha trilhou o caminho do perdão – tanto dos delatores quanto dos torturadores. Em 1983, ele encontrou um de seus torturadores em um baile de Carnaval. “Você quis me matar, seu f.d.p., mas eu estou vivo aqui”, pensou, antes de virar as costas. Enquanto o mineiro, que colabora com uma entidade ecumênica focada na defesa de direitos, cutuca suas memórias, uma lágrima desce do lado direito de seu rosto e, depois de enxuta, dá vez para outra, no esquerdo. Um choro tão contido e vívido quanto suas lembranças e sua dor.

Fonte : Folha Gospel

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