Ganso visitou o CT da Barra Funda na manhã desta sexta-feira
Paulo Henrique Ganso chega ao Morumbi como incógnita. De unanimidade nacional em 2010 a nome contestado até no mercado interno, um caminho tortuoso de lesões seguidas, atuações apáticas, perda de espaço na seleção e decisões equivocadas na carreira – incluindo a saída do Santos cercada de polêmicas e acusações.
O agora camisa oito do São Paulo precisa de paz e estrutura para recomeçar ganhando sequência de jogos e também reciclando seu estilo elegante e técnico, mas pouco participativo. Ganso praticamente não ajuda na recomposição nem na pressão no campo adversário e ocupa pequena faixa do campo na armação das jogadas, facilitando a marcação.
A efetivação do Oscar na seleção é um claro aviso de Mano Menezes: o meio-campista moderno precisa se dedicar mais. Não só o brasileiro do Chelsea, mas também Xavi, Iniesta, Ozil, Schweinsteiger e Modric são referências seguras do que se espera dos jogadores que trabalham entre as intermediárias.
No São Paulo, é possível encaixar Ganso na articulação central do 4-2-3-1. Jadson seria deslocado pela esquerda e ajudaria na criação, deixando Lucas mais solto para encostar em Luís Fabiano.
Olho Tático
Ganso entra no centro do trio de meias e Jadson é deslocado
Ney Franco também pode deixar o camisa dez no banco e manter Osvaldo pela esquerda, como na vitória por 3 a 1 sobre a Portuguesa. Um meia como Ganso precisa de jogadores rápidos ao seu redor para distribuir os passes e o jovem atacante sabe se infiltrar em diagonal.
Com Osvaldo, Ganso ganha um companheiro de velocidade para receber passes e lançamentos
Uma alternativa no futuro seria recuá-lo para volante, como Ney já fez com Maicon. A saída de bola ficaria mais qualificada e o time não perderia mobilidade à frente. Mas é preciso ser mais combativo, fechar os espaços do adversário com abnegação para não sobrecarregar a retaguarda.
Olho Tático
Como volante, Ganso qualificaria saída de bola, mas teria que ser mais combativo
A recuperação de Ganso será benéfica para o São Paulo, para ele mesmo e para o futebol brasileiro. Mas sua contratação hoje é uma aposta de risco. O tricolor paulista paga para ver. E pode se dar bem.
REDE ALERTA CRISTÃO
ESPN Brasil
Nenhum comentário:
Postar um comentário